terça-feira, 16 de março de 2010

Beijing, I Love You

Bom dia meus amigos.
Agora que estou de volta duma curta escapadinha de fim-de-semana, posso voltar a escrever mais umas coisitas pra quem quiser ler:)
Foi um fim-de-semana mais que maravilhoso, foi brutal, adorei e fiquei cheia de vontade de voltar.
Fui tão bem recebida pelo Miguel, Carolina e Filipa, que fica difícil retribuir o carinho, foram uns amores e agora só penso em voltar a Pequim.
Isto é que vai ser escrever, bem vou começar então a aquecer os dedos, tenho muito que teclar.
Hora e meia de metro até ao aeroporto, porque o aeroporto de Incheon fica a 50 klms de Seoul, e lá vou eu começar a minha mini aventura em terras chinesas.
Chego ao aeroporto e tudo bem, o aeroporto é qualquer coisa, foi considerado 5 vezes consecutivas o melhor do mundo, é lindo, moderno, extremamente limpo, tem wireless de graça em todo o lado, caso eu não tivesse levado portátil, existem áreas junto ás portas de embarque com portáteis pra quem quiser ir á net enquanto espera pelo voo, é do mais moderno e organizado que pode existir, adoro este aeroporto.
Entro num avião da China Southern Airlines, e sente-se um cheiro intenso á urina, aí percebi o problema do preço ter sido mais barato que pela Air China, apesar do serviço ter sido bom, a limpeza deixou a desejar, e na casa de banho estava uma poça de mijo que não lembra a ninguém.
Com um avião cheio de coreanos puseram-me sentada ao lado de 2 brasileiras de origem coreana, e elas estavam todas contentes a falar em português uma com a outra, a contar cenas com gajos, quanto dinheiro levavam, se eu as quisesse roubar elas tavam lixadas, e lá estavam a falar todas contentes porque achavam que ninguém as entendia, até que quando estava a preencher os papéis pra entregar na emigração no aeroporto, uma delas pede-me em inglês para lhe emprestar a caneta quando acabar, e eu olhei pra ela e disse-lhe ."tenho aqui uma caneta a mais", em portuguÊs claro, a cara delas foi demais, olharam com um olhar de terror uma prá outra, tipo que cena, tavamos a falar de cenas privadas a pensar que ninguém entendia e tava uma portuguesa ao nosso lado, foi muito engraçado, e depois lá estivemos na conversa, elas até que pareciam fixes.
Cheguei a Pequim 2 horas depois, e via-se já de longe o smog, realmente aqui apesar de haver poluição não há smog, ao menos isso, correu tudo bem, depois de apanhar um metro da saída do aeroporto prá cidade tinha que apanhar um táxi pra ir ter com a maltinha portuguesa, começaram a pedir altos preços pró percurso que era, negociei com um senhor que me levou por 2 euros de rikshaw, e deu-me pena, o senhor já era velhote e andou muito, dois euros parecia muito pouco.
Nessa noite fomos jantar fora e pôr a conversa em dia, foi bom.
Sábado foi dia de acordar mais tarde, eu e a Filipa fomos comprar cenas pró pequeno almoço e quando demos por ela tava na hora de almoçar, fomos almoçar e deu-nos vontade dir fazer as unhas e lá fomos, tudo é tão barato lá, o táxi é super barato, comida super barata, é um grande sítio pra se viver, depois das unhas estivemos a ver montras, vimos fazer um bolo lindo, comprámos um bolo (LOL), voltámos pra casa, e foi quando o Miguel e a Carolina me chamaram a atenção:"Sofia, vieste á China pra fazeres as unhas ou ver os pandas entre coisas?", opa apanhei um taxo e fui ao zoo, os pandas são os bichos mais lindos que existem, adorei, foi dos dias mais lindos da minha vida, o meu sonho desde pequena é ver pandas, ainda pra mais ver pandas na China, não podia ser melhor, fiquei a "babar" em frente aos bichos durante a meia hora que restava pró zoo fechar, na hora de fecho fui apanhar um táxi pra ver a Tiananmen Square e a entrada da Cidade proíbida, estava um final de dia mágico.
Apesar do vento, estava um pôr de sol lindo, gostei de ir lá mas não adorei, não achei nada de muito especial, peço desculpa aqueles que acham que é espectacular, mas já vi coisas mais giras, o que vale deu pra tirar fotos brutais.
Voltei pra casa, tempo de me arranjar, porque eles iam fazer o jantar de inauguração da casa deles, onde estiveram vários portugueses, espanhóis, brasileiras, um sírio, eu sei lá, foi uma mistura engraçada, e o jantar foi muito fixe, dormi duas horas, e fui-me arranjar pra ir á Great Wall.
Desço as escadas e vejo o maior nevão que se possa imaginar, nem queria acreditar,um dia lindo antes e um nevão daqueles, só pensava como é que vai ser pra ver a Muralha com neve?
O Miguel e a Carolina marcaram-me a viagem num Hostel perto de casa deles e lá fui eu com mais quatro homens, um francês, um do Cambodja, um chinês e um americano que vive em Seoul.
A guia, uma chinesa que se chama Mónica, veio a falar comigo todo o caminho, muito simpática.
Ainda deviamos estar a uns bons 10 klms da Muralha, quando a Mónica nos diz que temos duas opções, seguir a pé ou esperar pelo limpa neves que ia demorar muito, então como ninguém tinha a noção do que havia pra andar, todos concordámos em ir a pé.
Foi uma cena estilo Shrek ."já chegámos? já chegámos???"", nunca mais víamos a muralha, nevava com uma intensidade que nunca tinha visto, em alguns sítios a neve chegava aos 30 centímetros, uma subida puxada, sítios manhosos e perigosos devido ao gelo, estava cheia de medo, só pensava que se caísse ia desaparecer montanha abaixo.
Subimos num cable car para a Muralha e a Mónica disse que ia esperar por nós num restaurante, entendi mal o nome do mesmo e perdi-me depois, mas só houve uma parte da muralha que ousei pisar porque as outras duas pareciam escorregas, mas daqueles sem fim á vista, foi ai que me separei do grupo, tirei as minhas fotos, e fui tentar encontrar o tal restaurante.
A descida foi do pior, toda a gente do meu grupo caiu, menos eu, nem sei como, deve ter sido de tudo o que rezei pra não me espalhar.
Na descida encontrei um casal de americanos já com um certa idade que meteram conversa comigo quando me agarraram pra eu não malhar ali.
Um chinês diz ."just 1 dólar", o americano diz que não sabe quanto é na moeda chinesa, grande erro que cometeu, o chinês diz que são 100, quando eram menos de 10, eu avisei o chinês que aquilo era roubalheira e lá disse aos senhores quanto valia na realidade, os americanos têm a mania de irem pra outros países sem saberem quanto vale a moeda de origem e depois lixam-se.
Na descida encontrei muita gente a perguntar quanto tempo faltava pra chegar á Muralha, achavam que era 20 minutos, estraguei a festa de muitos quando dizia que faltava 1 hora, ficavam passados.
Nisto uma senhora disse-me que o restaurante que andava á procura era mais pra baixo, e desci, e desci, e quando dei por ela estava no sítio onde a carrinha não tinha conseguido mais andar.
Encontrei uma carrinha igual a minha, mostrei o recibo, o senhor disse-me pra entrar, só depois percebi que aquela não era a minha carrinha, mas com o frio que estava deixei-me estar, também o senhor não falava inglês, andava gente com pás a tirar carros presos na neve, chegou a um ponto em que saí da carrinha e fui empurrar pra sairmos da neve.
O senhor estacionou uns klms á frente a carrinha, e lá encontrámos o condutor do meu tour, que nos levou ao restaurante.
Antes de ter encontrado quem quer que fosse andei perdida mais de uma hora num frio intenso, a nevar imenso, sem telemóvel a funcionar, e já andava a pensar em apanhar um táxi, sei lá, andava a pensar numa solução, que sorte que tive.
Depois foi comer e voltar prá cidade, escusado será dizer que toda a gente se perdeu.
Cheguei a casa, tomei uma banhoca, contei as aventuras á malta portuguesa e fui mais a Filipa fazer uma massagem terapêutica, que tinha sido regateada no dia anterior, 1 hora uma massagem de óleo por 10 euros, mas não foi daquelas relaxantes, foi daquelas que doi, mas gostei na mesma, depois da caminhada que dei na Muralha estava a precisar.
Depois casa, jantar e mais conversa de miudas, foi muito bom, depois arrumar as coisitas mais ou menos na mala, acordar as 4 e meia, arranjar-me e acabar de arrumar, despedir-me, apanhar um táxi e siga pró aeroporto.
Quando cheguei vi mal o balcão do check-in, e como os ecrãs onde diz a companhia aérea estavam desligados, estive meia hora na fila da Air Malasya (LOLOL), fui prá fila correcta quando dei pelo engano, embarco e sento-me no lugar errado, sou chamada á atenção e lá mudo de sítio.
Passámos por várias zonas de turbulência e chegámos meia hora mais cedo, nem sei como é que isso foi mais está bem.
Chego a casa depois dumas compritas SOS de comida, e ás 2 da tarde soa uma sirene, como nos filmes de guerra, quando o inimigo começa um ataque e as sirenes tocam, foi igualzinho, ouviu-se duas vezes durante cerca de 20 minutos.
Fui á janela espreitar, as ruas ficaram vazias de repente, fiquei cheia de medo, só pensava que era um ataque da Coreia do Norte.
Ontem lá me disseram que foi um simulacro, e que fazem de vez em quando como ensaio pra uma situação de guerra.
Resumindo, adorei o meu fim-de-semana, adorei o Miguel, Filipa e Carolina, são uns fofos, agora só espero que eles me venham visitar, e agora só penso em voltar lá.
Aquela cidade é qualquer coisa, mas Seoul é a menina dos meus olhos:)
Beijinhos do outro lado do mundo:)

2 comentários:

  1. E pronto...
    Se a inveja matasse que caia agora mortinha em cima do teclado... LOL
    Que maravilha...
    Adora conhecer a grande muralha da china e ver os pandas... ai, ai...

    Jokinhas

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  2. Sofia, sem mais nada a acrescentar, pois tu mesma disseste tudo "foi brutal".
    Aproveita tudo de bom que a vida te dá.
    Beijinhos

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